Weaver é considerado um dos pais da cibernética (o principal deles é Norbert Wiener). Neste artigo, publicado pela revista Scientific American em 1949, ele busca compreender “todos os procedimentos pelos quais uma mente pode influenciar outra” e é isso o que ele entende por “comunicação”. Para ele, comunicar equivale a “trocar informações”.
Sua análise da comunicação incide sobre 3 eixos: técnico, semântico e de influência.
A dimensão semântica visa “boa” interpretação da mensagem, ou seja, a garantia de que a intenção do emissor seja integralmente percebida pelo receptor.
A dimensão da influência diz respeito a conseguir do receptor o efeito desejado pelo emissor.
O diagrama
O Ruído
O ruído é um acréscimo não desejado, uma interferência, uma alteração no sinal
A dimensão técnica trabalha com categorias próprias como, por exemplo, a quantidade de informação, a capacidade de transmissão do canal e o processo de codificação/decodificação. Mas é o conceito de “informação” da teoria matemática que marca até hoje os estudos de comunicação.
Informação pode ser compreendida como “probabilidade”: Ela é o conjunto de mensagens possíveis a um emissor. Por exemplo:
Quando eu entro na sala, posso dizer:
Boa tarde,
Olá,
Oi,
E aí,
Belê?
etc
Há uma pequena possibilidade de que eu diga:
Um elefante caiu do Minhocão ontem às seis da tarde.
A teoria matemática tenta, então, criar a base teórica para que mensagens sejam transmitidas com um mínimo de esforço (e custos). Já que a probabilidade de eu dizer uma coisa é relativamente “fechada” (eu não posso dizer qualquer coisa a qualquer momento), não é necessário transmitir TODA a mensagem para garantir que ela seja recebida e interpretada pelo receptor.
No MSN isso acontece o tempo todo:
Kd vc? Te vj + tarde?
Eu enviei menos sinais do que se tivesse escrito: Cadê Você? Te vejo mais tarde?
Os sinais “extras” na frase “Cadê Você? Te vejo mais tarde?” são dispensáveis, porque eu consigo transmitir o que quero sem eles. A sua função é apenas reduzir a “ambigüidade”, ou seja, a possibilidade de uma interpretação equivocada. Por exemplo:
Em TC est a T Mat.
Outra coisa: Numa gravação analógica, se o piano e o violão tocam ao mesmo tempo, os dois sons são registrados e sobrepostos. No digital, o mp3 grava apenas um som: o que resultou da fusão dos dois.
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